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domingo, 14 de outubro de 2018

Artista é tudo vagabundo!

Artista é tudo vagabundo! Tem horários de trabalho estranhos, não tem rotina, não seguem padrões, suas definições de pudor são questionáveis e todas as coisas funcionam de maneira diferente pros artistas. Esses vagabundos que trabalham dias seguidos sem ter tempo pra dormir e nem pra comer direito! 

Artistas são vagabundos porque trabalham enquanto os outros se divertem... Muitas vezes trabalham, justamente, para que os outros possam se divertir. Esses vagabundos agradam seus ouvidos com suas músicas preferidas, te fazem companhia nas maratonas de séries, fazem filmes para você ter chance de se desligar do mundo dentro de uma sala de cinema, te fazem pensar, são sua distração no horário nobre da TV Brasileira... Enfim, são vagabundos!

Esses artistas vagabundos querem te convencer que é melhor se servir de cultura gratuitamente em tantos locais públicos espalhados pelas cidades do que gastar grana numa balada qualquer. Artistas vagabundos se vestem como os personagens preferidos das crianças para que elas possam seguir sonhando mesmo em um mundo tão cruel... Que absurdo! 

Se consumir cultura é um perigo porque esta te instiga a questionar, artistas são vagabundos que tentam abrir sua mente para novas possibilidades, te convidam a pensar fora da caixa, te divertem e também te cutucam. Esses vagabundos têm tanto poder que incomoda! 

São desvalorizados, marginalizados e ainda assim dão sempre um jeito de seguir fazendo arte... Esses vagabundos são resistentes! Nem por isso enriquecem às custas de leis de incentivo, que aliás são um perrengue pra ser, de fato, postas em prática.

Se você ainda pensa que "artista é tudo vagabundo", saiba que são eles que tornam o mundo um pouco mais suportável. Tente pensar nisso! 


Fiquei mais de um ano sem postar nada aqui no blog porque artista é tudo vagabundo! Então eu fiquei ocupada demais durante esse tempo cuidando da minha vida e "vagabundando" bastante pra pagar minhas contas. Muita coisa aconteceu nesse período... Vou tentar contar aqui aos poucos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A certeza de um trabalho bem feito

Lá vou eu, mais uma vez, falar do meu site... Acontece que quanto mais o tempo passa, mais eu tenho certeza do quanto ele é uma ferramenta de utilidade pública e, constantemente, tenho provas do quanto ele pode se tornar grande, pois está cada vez maior!. Uma fonte de pesquisa digna de constar em teses de doutorado (como já aconteceu), um ponto de encontro de amantes das artes cênicas, um ambiente de troca de informações e aprendizado! Enfim... É o "filho" de que tenho mais orgulho! Afinal, de todas as realizações de minha vida até o momento, o site Desvendando Teatro é disparado o que me faz sorrir sem esforço!

Há tempos tinha ideias para incrementar o conteúdo do site e deixá-lo mais interativo... Entre as ideias, queria fazer tutoriais em vídeo e trocar figurinhas com quem (ao menos pra mim) é referência no assunto e especializado em diferentes campos que o teatro nos permite explorar. Mas, como as coisas só acontecem quando tem que acontecer, da forma que tem que acontecer e se tiverem que acontecer... Minha espera não foi em vão! E agora, estou conseguindo colocar algumas dessas ideias em prática e não poderia ser de maneira melhor!

Esse mês, tive o prazer de conhecer uma cia. de teatro, um grupo de pessoas muito bacanas, com um trabalho muito bom e auxiliar na divulgação do trabalho deles. O que gerou retorno positivo de ambos os lados! Além disso, definitivamente, quem tem amigos e contatos, tem tudo! Gravei o primeiro vídeo que deverá entrar no ar na primeira semana de março com o amigo e diretor, Renato Alves (Fagulhas D'Arte).


E muito mais do que um excelente material para o site, ele ainda fez uma ponte de contato até um grande autor, referência na dramaturgia atual, Aziz Bajur (Autor de sucessos como "Velório a Brasileira). Então, tive o imenso prazer de absorver e compartilhar conhecimentos com esse grande nome essa semana... E tudo registrado para entrar no ar pelo site até a segunda quinzena de março.


Enfim... De tempos em tempos encontro links para o meu site em diversos sites especializados em teatro, referências ao site em revistas eletrônicas e blogs conceituados... E não vou mentir: isso me dá um medo tremendo, mas um orgulho proporcional e a indubitável felicidade de estar fazendo um bom trabalho!

E mesmo que os visitantes do site não leiam esse post em meu blog pessoal, gostaria de deixar registrado os meus mais sinceros agradecimentos! Agradeço pela confiança, pela divulgação boca a boca, pela procura, pelas dicas e sugestões e, principalmente, pelos recados no Livro de Visitas e e-mail que me deixam com um sorriso bobo e escancarado!

Seguirei em frente então, esperando contar sempre com essas visitas que fazem o site crescer diariamente. Pensando sempre em melhorar e enriquecer o acervo e material disponível. Tendo ideias para trazer cada vez mais conhecimento e, por que não, fazer com mais pessoas se apaixonem por teatro, assim como eu!

Encerro com duas frases que esses dois profissionais que me cederam "entrevista" e que me motivaram ainda mais:

"Quando vamos em busca da nossa lenda pessoal, todo o universo conspira ao nosso favor."

"É o ideal de um teatro, sem amarras nem fronteiras. Um teatro que fale e é ouvido, sentido e entendido do mesmo jeito por todos que o assistem.."

Merda para todos nós! Evoé!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Certo ou errado?

O corpo humano, o nu, a exposição, o sexo... Tabus! E seu significado geralmente refere-se a uma proibição da prática de qualquer atividade social que seja moral, religiosa ou culturalmente reprovável.

Não estou aqui pra levantar bandeiras, defender ou acusar, quero somente expressar meu pensamento...

Vemos tantas cenas fortes, pesadas e impactantes com nu e sexo explícito em novelas e filmes, mas parece que quando uma cena do gênero é apresentada sobre um palco ganha ainda mais força. É como se o "ao vivo" chocasse mais pura e simplesmente pelo fato do espectador não poder mudar de canal ou não estar camuflado no escuro do cinema. Como se o fato das pessoas que estão ao redor perceberem mais facilmente a reação dos demais, inibisse uma resposta mais natural e sem pudores. Mas porque incomoda tanto quando é no teatro e menos, ou quase nada, quando é na televisão? E não me diga que em novela não tem disso...

Em todos esses anos que fiz e vivi teatro, vi muita coisa boa e ruim. Mas ruins por erros de concepção ou execução e não por que eu não concordasse com o que era feito. Não sou dona da verdade, assim como ninguém o é! Mas na minha humilde opinião, na arte não há certo ou errado... O que há é o seu e o meu jeito de fazer algo! Se eu compro uma ideia, entro de cabeça e defendo, mas se não concordo, me afasto e ponto final.

Não, eu não vi a performance que está causando polêmica por aí e não, também não concordo com o que fizeram, não gosto desse tipo de coisa. Acho agressivo, desnecessário, grosseiro. Mas como disse, eu não vi, não sei os motivos do grupo. Apenas imagino que a intenção seja o da pura missão da arte: instruir, divergir, instigar, etc. E claro, que eu faria de maneira completamente diferente, menos desrespeitosa ao público, menos na cara. 

Sou daquelas que questiona internamente o porque do SESC aceitar uma montagem como essa em sua mostra, o porque do governo liberar verba pra uma montagem como essa, mas confesso não conhecer a proposta em questão, logo não posso julgar. Repito que não faria algo assim, repito que não gosto disso, repito que não concordo,... Mas penso no porque isso incomoda tanto.

O que muitos reprovam publicamente, reproduzem na intimidade... E também fora dela! A hipocrisia gera tabus, assim como qualquer frase fora de contexto pode gerar confusão e conflito.

Apenas digo que acredito que na arte, não existe jeito certo de se fazer, existe o jeito de cada um, mesmo que outro não concorde. Afirmo mais uma vez que também me incomoda saber que ganham grana à beça pra explorar ânus alheios, enquanto muitos lutam pra apresentar espetáculos de qualidade à preço de banana por falta de apoio. Mas penso se isso incomoda tanto por ser o que é ou por mero tabu... É de se pensar, não?

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Arte?


Por sorte, não conheço nenhum colega que aprove, concorde e/ou defenda algo desse tipo como arte.

Desculpem! Mas arte pra mim é outra coisa!... Farei uma postagem sobre isso posteriormente. No momento, ainda estou muito indignada pra conseguir dissertar a respeito.

Mas não! Isso não é legal!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Teatro é trabalho! Ser ator é profissão!

Quando se fala em trabalhar com arte, o preconceito está sempre por perto. Mas além da falta de informação, isso talvez se deva à falta de comprometimento de algumas pessoas.

Eu levei anos pra crescer, amadurecer e entender o que precisava fazer pra ser profissional de fato, pra me formalizar e pra cuidar do meu futuro.

Fiz uma postagem aqui falando do cadastro como MEI... Pois bem, é um processo trabalhoso, porém simples depois que você entende como a coisa funciona. Corri atrás da minha formalização, inicialmente, para possuir um CNPJ e poder emitir nota fiscal de prestação de serviço, mas hoje vejo um pouco mais além. 

O valor pago mensalmente é pequeno, chega a parecer simbólico diante das vantagens à longo prazo. Talvez seja a idade batendo na minha cara, mas hoje estou feliz por ter me formalizado. Penso adiante... A profissão de ator é única e lhe permite trabalhar em qualquer idade, pois sempre haverá uma vovó pra ser interpretada. Mas chega (sempre chega) um dia em que não se tem mais condições para trabalhar. A disposição, a memória, a voz... Você já não é o mesmo! E então? É chegado o momento da aposentadoria. Me formalizar e recolher esse valor ínfimo, me garantirá uma aposentadoria na velhice. Não, não será muito grande, talvez mal dê pros remédios, mas é alguma coisa, é um alívio, é uma garantia, é merecido, é uma maneira de nos recompensarmos após anos de vida levando informação e diversão, anos vivendo teatro!

E no meu caso, que alimento o sonho de ser mãe, é um auxílio durante os meses que a barriga e os primeiros momentos com um bebê me impedirem de subir num palco. 

Resumindo, essa postagem é uma comemoração com um conselho embutido! Meus quase 30 anos me dizem que essa foi uma das melhores coisas que já fiz por mim mesma. E se pudesse aconselhar colegas de profissão, diria que também o fizessem por si próprios. Formalizem-se! Recolham seus impostos, façam o que puderem, paguem INSS e o seu eu do futuro, em tempo, irá lhe agradecer!

sábado, 4 de abril de 2015

Para crianças

Há quem menospreze o teatro infantil. Na minha humilde opinião, ator que diminui um ou mais gêneros teatrais é, no mínimo, um medroso! É natural que sintamos afinidade com um determinado gênero, mas isso não é motivo para depreciar outros. Afinal, um bom ator faz de tudo... Da comédia à tragédia com o mesmo profissionalismo e entrega de corpo e alma.

Quem esnoba o teatro para crianças só tem a perder, pois esse é, simplesmente, o público mais sincero, crítico e disciplinador para um ator. Aquele ator que subestima o público infantil deve ser um adulto frustrado, que não teve infância e não entende a importância da cultura na formação de um caráter! 

Se o teatro tem a função de divertir, ensinar, documentar e instruir, nada mais justo do que provocar o gosto por essa arte ainda na infância. Se hoje tantos reclamam da falta de educação do público adulto, talvez isso se deva à falta de incentivo durante a infância desse público.

Eu já disse aqui e repito que acredito que um ator nunca para de aprender. Evoluímos a cada ensaio, apresentação e gênero trabalhado. Acredito também que nenhum gênero deva ser desprestigiado, muito menos o infantil que nos proporciona um jogo de cintura em cena como nenhum outro.

Pois bem, na última semana tive mais uma vez o prazer de trabalhar para esse público tão delicado. E não vou mentir, cometi erros! E acho isso ótimo, pois é errando que se aprende! A vida resume-se em errar para consertar, fazer melhor pra poder cometer novos erros e assim melhorar sempre num ciclo sem fim!

"Vida Saudável - As Aventuras da Coelhinha Xang-Bom". Foi uma montagem de páscoa... Sim, com todo o calor inerente do nosso país potencializado por figurinos de pelúcia, mas TUDO VALEU MUITO A PENA! Não existe nada mais gostoso do que ver o sorriso no rosto de uma criança, sentir o quanto estão curtindo, se divertindo, se encantando e aprendendo. E quando a companhia é boa, tudo fica ainda mais fácil e divertido. 
























Obrigada meus companheiros de cena, obrigada CIAVIP por esse lindo trabalho. Continuemos levando o teatro onde o público está, levando arte pra que todos possam apreciar, levando cultura para todos!

Agradeço ao Pai Maior por me presentear com essa dádiva. Por me permitir levar arte e educação à esses pequenos, por me proporcionar a graça de encantar. Por me agraciar com o dom de atuar!

E àqueles que não curtem trabalhar com e para crianças... Não sabem o que estão perdendo!

sábado, 24 de janeiro de 2015

BOOM!

Já falei aqui sobre o meu site, certo? Foi há pouco mais de um ano, quando ele completava 5 anos de internet!

Recentemente ele quase saiu do ar e isso por dois motivos: o primeiro é que aconteceu de o servidor onde ficavam hospedados os arquivos pra download simplesmente sumiu com todos os arquivos, me obrigando a republicar todo o acervo em algum outro lugar, que até então eu não sabia onde poderia ser. O segundo motivo foi que de outubro à dezembro estive viajando tanto a trabalho que praticamente não tive tempo para cuidar do site e isso me desanimou um pouco.

Então passou a virada do ano, a página de downloads teve que ficar um período indisponível aos visitantes, passou o 6º aniversário do site e... Quase no fim desse mês encontrei o que parecia ser a solução em relação a hospedagem do acervo. Republiquei tudo, refiz links e de quebra ainda acrescentei 10 textos novos (e de responsa) pra compensar os dias de ausência dos arquivos.

Também tive uma ideia bem bacana para divulgar espetáculos com apresentação em Sampa (que estão mais ao meu alcance) em troca de divulgação do próprio site... Parece promissor! Aguardo ansiosamente os primeiros contatos de grupos interessados! hehe

Quanto àquele desânimo... Ah, não dá pra ficar desanimada por muito tempo! Curto demais a ideia do meu site e a manutenção dele chega a ser uma terapia pra mim. E tempo pra cuidar a gente arruma! 

Mas qualquer vestígio de baixo astral realmente desapareceu quando percebi o número de curtidas na fanpage do site no Facebook aumentar vertiginosamente chegando a quase 2.000 hoje! WOW! Que boom!

Sou uma mãe coruja, sim! E tô muito feliz em saber que meu site é útil para os apaixonados por teatro como eu, é bom saber que o site está crescendo, ganhando espaço e ajudando a divulgar essa arte de tantas maneiras diferentes.

Só quero agradecer e dizer que farei o possível para que o site continue no ar por mais, 6 ou 60 anos!

www.desvendandoteatro.com
Merda e Evoé!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ator Empresa

Como disse na postagem anterior, estou mexendo os pauzinhos para enfim me regularizar, correndo atrás de buRRocracias que eles pensam separar o joio do trigo. Embora todos saibamos que não é bem assim que funciona, pois há tantos registros de profissionais sem profissionalismo quanto bons e verdadeiros profissionais sem registro espalhados por aí. 

Graças à alguns poucos apoios sérios à arte, hoje em dia se faz necessário aos artistas não somente o nosso velho conhecido DRT, mas também um CNPJ. Um ator deve se tornar um pequeno empresário de si mesmo, seu nome artístico se torna também um nome fantasia de sua micro empresa individual.


Pois bem, estava eu dando uma olhada na lista de ocupações permitidas para MEI e não foi difícil perceber como são poucas as funções na área de arte e cultura que estavam elencadas. Inclusive, a falta da ocupação "ator" fica muito evidente! Foi então que na dúvida enviei um e-mail ao Portal de Empreendedor e sem surpresa recebi uma resposta automática que não responde de fato. Mas ao conversar com colegas de profissão consegui confirmar minha desconfiança...

Um ator que deseja formalizar-se deve se cadastrar como "Humorista/ Contador de Histórias" (e dentro disso está incluso tudo o que se refere à produção teatral). Mas caramba, há a função de Humorista e não a de Ator? Pois é! O SEBRAE diz que "ator não pode porque é sindicalizado", mas epa! Espera um pouco! Existe sim o SATED, mas um ator não precisa necessariamente se vincular à ele! 
Aí vem a regra do MEI que diz em seu Portal do Empreendedor: “O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário”; e ainda “que NÃO é permitido é que o vínculo empregatício (emprego com carteira assinada) seja substituído pela condição de EI”. Aaaaah, ok ok! Mas atenção, a grande maioria dos atores são considerados autônomos, freelancers e NÃO TEM CARTEIRA ASSINADA! 

Bom, entre tantas definições, informações e opiniões dúbias só o que eu realmente questiono é porque um ator deve emitir nota como Humorista se a categoria descrita inclui "produção teatral" como um todo? Não seria mais justa então criar a categoria "Produção teatral" propriamente dita? Afinal de contas, há a função Maquiador na lista, por exemplo, e a incidência dos profissionais da área que são registrados em carteira é muito maior do que os atores.

Mas é o que temos pra hoje, caros colegas! Talvez um dia se toquem, talvez não! Por hora, queria apenas tentar explicar o que o site não me explicou ao responder meu e-mail e deixar claro para os atores que procuram se formalizar que ao cadastrar como Micro Empreendedor Individual, devem selecionar a função "Humorista/ Contador de Histórias" como ocupação principal e emitir notas assim para seu trabalho de ator interpretando Tennessee Williams ou Shakespeare.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Preparados? Largar!

E comeeeeeeeeeeeeeçaaaaaaaaaaaaaaaa a corrida da burocracia!!!!!!!

Não curto "papelada", mas é fato que elas podem abrir portas e novas oportunidades. Sendo assim, essa semana estou começando a correr atrás da minha regularização profissional.

Hora de lidar com siglas... DRT, MTE, SATED, MEI, CNAE,... PQP! Haja! Mas vamos lá, coragem!

Mas não é só a corrida do burocracia que tá começando pra mim não. Tô começando a correria pra tudo, a corrida do ano novo, a pressa pra fazer 2015 ser "O" ano!

Estou tirando as metas do papel, estou dando início aos projetos, tô fazendo acontecer! Espero ter novidades em breve, boas notícias pra postar por aqui!

Me desejem boa sorte! Ou melhor, me digam MERDA!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

(Des)Valorização

Sim, faz tempo que não posto nada aqui. tem muita coisa acontecendo na minha vida profissional nesse momento e eu estou achando tudo isso ótimo, é claro! Apesar de cansativo e de ter que abdicar de algumas coisas pra conseguir dar conta do trabalho, eu adoro essa correria!

Mas vamos ao assunto... Essa semana vi duas coisas acontecerem, ambas com o mesmo tema, digamos assim! Artistas que banalizam seu trabalho e por consequência desvalorizam o trabalho dos colegas de profissão.

Diz-se que arte não dá dinheiro, que não é valorizado, que não há incentivo... Ora, como valorizar, incentivar e conseguir lucrar com um trabalho que o próprio artista entrega de mão beijada?

Não sei qual foi o contexto, mas uma amiga de longa data, colega de profissão postou no facebook: "Amigos artistinhas, não desvalorizem o trabalho dos seus colegas. Não prostituam (tanto) a sua arte. Tenham amor pelo próprio trabalho e pelo trabalho do próximo. Faz bem pra todo mundo!" 
Pouco tempo depois (em notícias não relacionadas a essa postagem) soube que um grupo de teatro teria oferecido seu trabalho gratuitamente para uma empresa que fazia cotações com vários grupos para a realização de sua SIPAT. Aí eu pergunto: dá pra concorrer com gratuidade? Se o que o contratante quer é economizar (como acontece na maioria das vezes), qualquer grupo que ofereça o seu trabalho por qualquer valor por mais em conta que seja, não tem chance contra um grupo que "dá de graça". E então, por mais que o contratante possa se arrepender caso o barato (ou o de graça) tenha saído caro demais, a cagada já está feita! O grupo em questão banalizou seu trabalho e os outros grupos deixaram de realizar um trabalho que manteria sua sobrevivência.

Começo a pensar que o que falta pra alguns artistas é se amar mais! Se valorizar pra ser valorizado! Saber cobrar pelo seu trabalho que em hipótese alguma sai de graça. Afinal, no mínimo é preciso gastar com alimentação e transporte e isso certamente sai do bolso de alguém.

Volto a dizer o que já disse em alguma outra postagem: Caros artistas, colegas de trabalho, colegas de sofrimento da profissão... Se dê o devido valor, se respeite, se ame! Caso contrário ninguém fará isso por você! Não reclame de falta de dinheiro se não sabe cobrar! E por fim, não puxe o tapete do colega porque você percorre o mesmo caminho e lá na frente, mesmo que na ponta do tapete, quem pode cair é você!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia do Ator de Teatro

Hoje quero apenas deixar uma mensagem aos meus colegas de trabalho... Àqueles que perdem finais de semana e feriados deixando de almoçar com a família e de ir numa balada para ensaiar. Àqueles que ganham pouco, mas vivem felizes por que fazem o que amam. Aos que batalham diariamente para mostrar seu valor e provar que teatro é trabalho sim! Àqueles que, como eu, ao mesmo tempo que sonham conquistar seu espaço, ficam emocionados com o som de aplausos mesmo que de uma plateia pequena.

Somos sonhadores, somos lutadores e não devemos desistir nunca! O fazer teatral, a cultura e o amor pelo palco depende de nós! Somos instrumentos de modificação! 

Um texto teatral... São apenas palavras num papel se não formos nós, atores, a lhes dar vida! Um cenário... São apenas pedaços de madeira, tecido e outros materiais dispostos num palco se não fomos nós, atores, a lhes dar uma razão para estarem ali! 

Enfim... Somos a alma do teatro!... E o teatro é toda a nossa alma!

Evoé! E merda para todos nós!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Artista

Pre.con.cei.to - sm (pre+conceito): 1. Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados. 2. Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. 3. Superstição que obriga a certos atos ou impede que eles se pratiquem. 4 Sociol. Atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos.

Não é novidade que artistas sejam marginalizados pela sociedade. Artistas são considerados vagabundos e no que diz respeito ao teatro, há anos ouvimos más línguas rotulando atores como homossexuais, promíscuos, maconheiros e atrizes eram registradas nas carteiras de trabalho como prostitutas até alguns anos atrás.

Se você é artista (não importa se ator, pintor, dançarino,...) e vive em situação financeira difícil porque arte não é valorizada como deveria, então todos ao seu redor te chamam de desocupado, te mandam crescer e procurar um emprego decente e ainda dizem que se você tivesse se formado em direito ou medicina já poderia ter sua casa própria hoje. Mas se você é artista e se dá bem na vida,... Aí a coisa muda completamente! A família que te repreendia passa a te idolatrar, os amigos que se afastaram porque você vivia sem tempo de tanto que se dedicava às artes, te ligam parabenizando pelo sucesso e querendo marcar um cafézinho. Então, o funcionamento disso tudo é bem simples: se você é um artista que corre atrás, mas não tem dinheiro pra esbanjar, você é um vagabundo. Mas se você é um artista que conseguiu ao menos 15 minutos de fama e algum dinheiro, pronto... Você é maravilhoso!

Ar.tis.ta - adj m+f (arte+ista): 1. Aplicador da arte. 2. Aquele que faz da arte meio de vida.

A sociedade generaliza, as pessoas adoram falar daquilo que não conhecem e assim nasce o preconceito! Ser artista não é pra qualquer um. Pra ser artista precisa ter a alma, ter cultura, ter consciência. Artistas têm a nobre função de levar cultura em todas as formas e com ela instruir, fazer pensar, educar e encantar. É um dom e não deveria ser marginalizado! Mas é! E não recebe a devida atenção, créditos e valorização. É por isso que alguns artistas desistem no meio do caminho e se rendem. É por isso que alguns artistas sequer gostam de serem chamados de artistas.

Por um artista de rua que faz belíssimas pinturas em pratos pelas ruas de Santos/SP.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O ego e a raiz

Atores estão em evolução e aprendizado a cada nova experiência. Isso é um fato! Mas então porque alguns renegam duas origens? Quando a fama sobe à cabeça e o ego fica gigante, as pessoas tendem a se sentir superiores, insuperáveis e insubstituíveis. Por vezes, a fama nem é tão estrondosa, mas por menor que seja faz o artista se sentir maior e melhor do que realmente é ou poderia ser.

Porque estou filosofando sobre isso? Por que simplesmente não entendo o motivo pelo qual um ator sente enjoos quando é perguntado sobre uma peça que fez no passado e hoje por alguma razão acha ruim... Porque uma atriz não gosta quem mencionem sua participação na novela Chiquititas... Ou porque se arrepia ao ser lembrado que foi um mutante em uma novela... Enfim, não entendo porque o ego inflado faz atores repudiarem experiências vividas em sua carreira, se essas experiências foram degraus que galgados para chegar ao lugar em que estão hoje.

Se nesse momento você ator acredita que o trabalho que realizou no passado não foi bom, certamente na ocasião esse trabalho te ensinou algo, te fez crescer, evoluir e ser um profissional melhor hoje, então porque se arrepender? Pra que tentar esquecer de onde veio, pelo que passou, o que realizou por toda a sua carreira? 

É esplêndido para qualquer artista ter seu trabalho reconhecido, aplaudido e reverenciado. Ter o ego acariciado é uma das melhores sensações que se pode sentir. A fama é efêmera e o ego um dia desinfla, então não se pode permitir que tomem conta, pois quando isso acontece, normalmente nos tornamos pessoas rudes capazes de qualquer coisa para manter a pose e renegar nossas raízes.

Lembre-se sempre quem você é! Tenha em mente que tudo o que você fez, de bom ou ruim, fazem parte de quem você é. Toda e qualquer experiência de um artista lhe torna único! Tentemos manter nossas raízes intactas e o ego controlado.


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Valores

Quanto um ator deve receber por seu trabalho? Qual é o valor considerado justo? Na minha opinião a resposta dessas perguntas é: "Depende! São muitas variáveis!" Explico...

Acontece que cada montagem, e muitas vezes cada apresentação, é única! Se um espetáculo é bem vendido sendo possível pagar um cachê gordo pros atores, ótimo! Mas se não, cabe ao responsável repassar o valor que considerar condizente com o trabalho. Sim, tem muito pilantra no mundo que aproveita pra ganhar dinheiro em cima do trabalho dos atores sim, mas o que parece que as pessoas não entendem é que se um ator aceita, pelo motivo que for, fazer um trabalho por um determinado valor, não adianta chorar depois!

Ah, mas existe a tabela de piso salarial do SATED. Existe sim! Mas o que você prefere: ter frequência de trabalho por um valor que pode estar abaixo da tabela ou trabalhar uma vez por ano e ganhar o piso? Fica difícil pagar o valor sugerido pelo SATED quando a arte não é valorizada. É isso que eu percebo que alguns atores não conseguem entender! A tabela é válida e deve ser levada em consideração, mas sem meios pra isso, fica difícil!

Me lembro dos oito anos que fiz de teatro em Santos... Não recebia cachê por apresentação, não tinha ajuda de custo pra ensaio, figurino e cenário eram pagos com uma grande vaquinha feita entre o elenco e direção. Vim pra São Paulo, passei a receber pelo meu trabalho e aos poucos fui aprendendo a lidar com isso. Nunca reclamei de um valor pago por um simples motivo: eu aceitei! Eu sabia das condições e topei, então não posso reclamar! Se estivesse insatisfeita, (como já estive) procurava outra coisa que me pagasse melhor e então simplesmente me afastava.

Não estou dizendo que ator tem que aceitar ganhar qualquer coisa, não, muito pelo contrário! Precisamos receber o que é nosso por direito. Mas caramba, gente! Você aceitou apresentar um espetáculo ganhando R$50 e sabia disso desde o começo? Algum motivo você deve ter tido. Então me explica porque de uma hora pra outra isso passou a não ser o justo pra você. Resolveu se valorizar ou alguém enfiou caraminholas na sua cabeça te fazendo mudar de ideia? Veja bem, você não precisa aceitar ganhar esses R$50 pro resto da vida, mas à princípio foi o que te ofereceram. Pode apostar que devem ter tido motivo pra te oferecerem esse valor.

E quando um ator ganha, sei lá, R$1.500 por apresentação e de repente passa a achar isso pouco. Estrelismo não gente, façam-se esse favor!

Enfim, perdoem o desabafo... Só acredito que "valores" dependem de variáveis para ser definidos e a partir do momento que se assume um compromisso você deve honrá-lo. A maioria de nós atores trabalha como freelancer e depende de conseguir pegar um trabalho e ganhamos pouco sim, infelizmente é uma realidade. Mas saibam valorizar o que vocês ganham, quer achem muito ou pouco.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Publico respeitável

A essência do teatro é composta por um trio! Três pernas de um banquinho, três partes, três elementos indispensáveis: ator, personagem e espectador.

Há algum tempo participei de uma montagem de espetáculo que falava dos bastidores do fazer teatral... O nervosismo dos atores, os erros, os desentendimentos, enfim tudo o que faz parte do teatro e que passa despercebido para o público que só assiste o que vai para o palco. Na ocasião, um amigo que auxiliava na bilheteria fez um comentário sobre a plateia e como ela influencia no bom andamento do espetáculo. Posteriormente, essas observações foram incorporadas ao texto tornando o espetáculo ainda mais completo.

Está rolando por aí uma campanha chamada "Saia já do foco!", uma referência ao foco de luz criado no rosto de um espectador que mexe em seu aparelho celular na escuridão de um teatro durante um espetáculo. Isso tudo me fez pensar e nesse momento escrevo uma postagem no blog para falar do público.

Não se pode negar o quanto a tecnologia facilita a nossa vida cada vez mais, mas também não podemos negar o quanto ela também nos atrapalha, principalmente a internet que é um verdadeiro vício! Aí eu pergunto: porque uma pessoa sai do conforto da sua casa e paga ingresso para ficar de olho no celular enquanto um espetáculo teatral acontece diante do seu nariz? 

Mas quem dera esse fosse o único ponto a ser discutido a respeito do comportamento do público... Há uma cultura desprezível chamada atraso! Aí você está lá sentado na plateia assistindo os primeiros minutos do espetáculo (que são importantíssimos para entender o contexto) e de repente uma luz surge ao fundo e você ouve um burburinho... É alguém chegando atrasado, abrindo a porta de entrada do publico e falando alto com o acompanhante sobre como será difícil encontrar lugar pra sentar na escuridão. Ah, faça um favor e chegue na hora marcada!

E como se a luz da tela do celular já não fosse suficientemente irritante, por vezes ouve-se um tocar e pra piorar tem gente que atende e ainda diz "tô no teatro e não posso falar". Aaaah, então você sabe que não pode falar no teatro? Então porque atendeu o celular, criatura? Infelizmente existem pessoas sem educação, sem cultura ou simplesmente sem "semancol" que faz essas e outras coisas nesse mesmo nível.

Vá ao teatro, sim! Prestigie! Mas vá com vontade, chegue na hora, desligue o celular, tire fotos sem usar flash, se tiver vontade de ir ao banheiro saia o mais discretamente possível, faça o dinheiro gasto no seu ingresso valer a pena ter sido pago, pois pode apostar que os atores estarão empenhados para apresentar o melhor espetáculo da sua vida. E se por acaso o espetáculo não estiver lhe agradando e você achar que acessar a internet pelo celular é mais interessante, tenha a decência de se retirar!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Opinião de Maria Ninguém

Estava lendo uma matéria com trechos de entrevista com Antonio Fagundes, não porque a manchete diz que ele vai "contracenar com Sandy em filme de terror", mas sim por causa de alguns comentários dele. Como não consigo ficar quieta, vou compartilhar minhas impressões sobre algumas das frases dele.

Primeiro ponto a ser comentado: Ele diz ser "analfabyte" por opção, pois acredita que "ou você passa o tempo todo limpando sua caixa de e-mail ou vai fazer outras coisas, ler, trabalhar". Fácil pra um ator com 37 anos de Rede Globo! Se um ator sem essa vitrine e sem esse "nome feito" não tiver pelo menos um endereço de e-mail, meu caro amigo, ele simplesmente não trabalha! Vai um "não Antonio Fagundes" inventar de se esconder do mundo digital pra ver o que acontece.

Segundo ponto: Nas palavras dele "Sou muito pontual e exijo pontualidade de quem trabalha comigo." Perfeito! Pontualidade é algo que as pessoas deveriam prezar mais! Imprevistos acontecem sim, mas atrasos por atrasos são pura falta de educação e consideração por quem está esperando.

Terceiro ponto: "Atuar é a profissão mais disciplinada que existe. É rígido. Não entendo quem diz que é coisa de boêmio." Obrigada, Fagundão! Agora sim você falou bonito! Também não entendo as pessoas que acreditam que ser ator é fácil e não requer trabalho duro, sacrifícios e disciplina.

O quarto ponto foi o que mais me chamou atenção: "É uma coisa que me chateia muito. Sempre falam de ingresso mais barato no teatro. O ingresso mais barato pro jogo do Flamengo custava R$ 250 e o cambista vendeu por R$ 800. A gente que deveria estar cobrando isso, e não o Flamengo." Fagundes, Fagundes, ah Fagundes! Esse é o sonho de todo artista! Mas infelizmente estamos no país do futebol e não das artes cênicas. Quem nos dera poder cobrar R$100 que fosse por um ingresso e ter casa lotada, mas a população prefere gastar esse valor numa noite na balada ou completar pra ver uma partida de futebol, não há costume, não há gosto, e quase não há educação para teatro. Até é possível vender ingressos por R$100, mas mesmo sendo Antonio Fagundes, não haverá casa lotada. 

Eu, como todo artista da área, concordo que o teatro deveria ser mais valorizado. Mas cá entre nós, acredito que valha mais a pena cobrar R$1,00 por um ingresso e "fazer o teatro acontecer" atingindo as pessoas que estiverem assistindo e proporcionar o acesso ao maior número de pessoas, do que cobrar muito mais e ter meia dúzia de gatos pingados na plateia.

É minha opinião! Mas eu não sou Antonio Fagundes... Aliás, quem sou eu mesmo?