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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

15 anos de estrada!

Um dia ganhei uma passagem para o que se tornaria a maior aventura da minha vida e, em 2002, embarquei nessa viagem sem volta para minha realização pessoal!

Nessa jornada, que já dura então 15 proveitosos anos, pude fazer inúmeras coisas, viver outras vidas, experimentar sensações que, de outra forma, provavelmente nunca tivesse a oportunidade de experimentar.

Viajei (física e figurativamente) e assim pude conhecer lugares maravilhosos, vi paisagens de tirar o fôlego de tão belas, conheci pessoas, me apaixonei, brinquei, me machuquei, enlouqueci e até morri, mas renasci todas as vezes pronta para outra!

Neste relacionamento de amor com minha arte eu também aprendi muitas coisas. Dentre elas, algumas vale a pena listar: - aprendi o quanto é importante manter-se humilde; - como é importante acreditar em si, em seus sonhos e em sua capacidade de realizá-los; - o quanto as pessoas podem ser más e como lidar com isso sem esmorecer. Mas aprendi, principalmente, que não é fácil, mas se você faz o que acredita e faz com prazer, além de ser muito mais gostoso, você aumenta significativamente suas chances de ser feliz e isso basta para que você tenha força para continuar "fazendo acontecer" (sim, porque 75% só depende de você!).

Hoje contabilizo 40 trabalhos diferentes como atriz (perdi as contas do número de personagens vividos), sem contar os trabalhos que realizei em outras funções relacionadas. E COMO EU SOU FELIZ POR ISSO! 

Clique na imagem para ver alguns dos meus trabalhos. E aqui está meu portfólio completo!

Como sou feliz por viver meu sonho, por viver do meu trabalho, por viver da minha arte... Que pode não ser tão glamourosa como alguns podem imaginar, pode não me dar tanto dinheiro quanto eu gostaria, mas que sim, hoje me sustenta, me mantêm viva e disposta a continuar enquanto meu corpo e minha mente me permitirem seguir!

Mesmo que seja impossível agradecer a todos, ainda assim agradeço àqueles que, um dia, me prestigiaram... Seja ocupando 2 poltronas de um pequeno teatro ou de pé num grande ginásio ao lado de outras 1.699 pessoas (meu maior público registrado!).

Agradeço a todos que me apoiam e me motivam e até aos que tentam me jogar para baixo, pois isso me impulsiona ainda mais para frente. E, principalmente, agradeço imensa e infinitamente àqueles que me deram oportunidade, que me deram (e dão) trabalho, que confiam no meu talento e que tanto me ensinaram e continuam ensinando com suas experiências! Todos vocês me inspiram!

E que esses meus 15 anos de carreira possam ser tornar 30, 60 anos... Que sejam infinitos! Evoé!

sábado, 6 de julho de 2013

O Ministério da Saúde adverte!

Há quem diga que o teatro é uma droga daqueles que te tornam dependente e que provocam inúmeras reações. E é tão poderoso que basta experimentar uma única vez para viciar e não querer largar nunca mais.

Algumas outras pessoas dizem que o teatro é uma doença. Daquelas que se pega no ar, basta entrar num teatro e pisar num palco e pronto: INFECTADO! E algumas vezes, a “doença” do teatro pode ser genética. Uma vez infectado, o teatro fica gravado no DNA e pode ser transmitido por gerações e gerações seguidas.

Eu acho que o teatro tá mais pra um fungo, uma larvinha ou um parasita, tipo um bicho geográfico, sabe? Ele penetra na pele e vai tomando conta do corpo todo... Até que chega ao coração. E aí já era! Você será um eterno apaixonado por teatro! Bichinho danado esse, não?

Seja como for, uma vez contaminado, infectado, conquistado, arrebatado verdadeiramente pela magia do teatro, não há como abandoná-lo! As exceções que conseguem se desprender desse vício, é porque são naturalmente imunes aos encantos desta arte.

Como disse Fernanda Montenegro quando questionada sobre qual conselho daria à um ator em início de carreira: “Desista!... Confundem teatro com liberdades, licenciosidades, glórias, paetês, retrato no jornal, riquezas."... Porém,... "se morrer porque não está fazendo isso, se adoecer, se ficar em tal desassossego que não tem nem como dormir, aí volte, mas se não passar por esse distanciamento e pela necessidade dessas tábuas aqui, não é do ramo".


E o Ministério da Saúde adverte: não há vacina, tratamento e nem muito menos cura para a doença (amor, dependência, vício) pelo teatro! Ainda bem!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Medo

Que ator nunca teve medo de esquecer o texto? Que ator nunca sentiu frio na barriga na hora de entrar em cena? Que ator nunca quis desistir de tudo bem na hora do espetáculo começar?

Na hora de entrar em cena acontece sempre a mesma coisa comigo: o coração acelera, a respiração fica descompassada, as mãos tremem e o corpo parece tão anestesiado que eu sinto como se fosse desmaiar, mas todos esses sintomas desaparecem como mágica logo que piso no palco. É tudo muito rápido, mas essas sensações já fazem parte dessa deliciosa loucura de ser atriz.

Quantas vezes, nós atores, sentimos como se estivéssemos uma bela de uma porcaria em cena. Saímos nos achando o pior ator do mundo, um canastrão, falso, imbecil, mas recebemos do público uma resposta tão positiva que nos deixa confusos, ouvimos deles elogios e relatos emocionados sobre os momentos dramáticos da peça ou confissões de quase urinar na poltrona do teatro de tanto rir das cenas cômicas. Assim ficamos sem entender nada!

Com isso acabamos aprendendo que é muito importante ter autocrítica e saber quando poderíamos ter sido melhores, que a opinião e reações do público são os melhores termômetros e que é bom ter um pouco de medo! Com medo de errar o texto ficamos mais atentos pra não errar, só não pode bitolar e se desesperar senão aí é que dá branco mesmo!

Um ator confiante demais, normalmente, não faz um bom trabalho. Um ator que se acha pronto, que não tem mais nada pra aprender ou melhorar será sempre o mesmo e com o tempo poderá tornar-se medíocre. Algumas pessoas acham que é fácil ser ator, que não é preciso estudar... Não fazem ideia do quanto estão erradas. Qualquer profissional de qualquer área precisa estudar sempre, correr atrás, se atualizar, se aperfeiçoar e com o ator não é diferente! Ninguém nunca está pronto, ninguém nunca sabe tudo. Precisamos aprender sempre, caso contrário pra que estamos aqui?

Enfim, esses medos fazem parte! E quando um ator deixa de sentir esse frio na barriga, essa tensão é porque o casamento com o teatro não anda bem. Esse medinho de estar em cima de um palco e diante de uma plateia faz parte, tem que fazer parte! É essa adrenalina toda liberada por esses medos que vicia a gente! Eles nos instigam e nos fazem seguir em frente, que o Dionísio permita, sempre com esses medinhos bons de sentir!

Evoé!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O Começo...

Primeiramente, gostaria de dizer que pretendo usar o espaço deste blog para compartilhar as experiências boas e ruins que vivi desde que comecei a fazer teatro.

A arte, de certa forma, sempre esteve no meu sangue! Minha mãe foi atriz de radionovela, interpretava três personagens (a avó, a mãe e a filha) na mesma novela. Não tive a oportunidade de ouvir uma de suas participações, mas presenciei alguns momentos inspirados dela me ajudando na construção de meus personagens quando comecei. Ficou mais do que provado que a minha veia predominantemente "trágica" é uma herança genética da minha mãe. Minha irmã também teve suas experiências no campo artístico, mas eu fui a única louca da família a enveredar integralmente por este mundo e ter a vontade de viver de arte... Viver de teatro!

Comecei no ano de 2001 na Cia. Teatral As Três Faces da Lua em Santos/SP. Confesso que procurei o teatro inicialmente por curiosidade, mas esse bichinho danado do teatro quando invade o coração pra valer, não há quem tire. Me apaixonei! E ao contrário de boa parte dos jovens adolescentes que entram para o teatro, eu nunca sonhei com sucesso ou objetivei estar na TV ou algo parecido. Comecei a fazer teatro e me apaixonei pelo "fazer teatral" puro e simples! Criar, exercitar a imaginação, viver outras vidas, mostrar a realidade com arte, divertir, advertir, ensinar, documentar e instruir. Foi por isso que eu me apaixonei!

E o que se segue... Vou contando por aqui aos poucos.