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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Teatro é trabalho! Ser ator é profissão!

Quando se fala em trabalhar com arte, o preconceito está sempre por perto. Mas além da falta de informação, isso talvez se deva à falta de comprometimento de algumas pessoas.

Eu levei anos pra crescer, amadurecer e entender o que precisava fazer pra ser profissional de fato, pra me formalizar e pra cuidar do meu futuro.

Fiz uma postagem aqui falando do cadastro como MEI... Pois bem, é um processo trabalhoso, porém simples depois que você entende como a coisa funciona. Corri atrás da minha formalização, inicialmente, para possuir um CNPJ e poder emitir nota fiscal de prestação de serviço, mas hoje vejo um pouco mais além. 

O valor pago mensalmente é pequeno, chega a parecer simbólico diante das vantagens à longo prazo. Talvez seja a idade batendo na minha cara, mas hoje estou feliz por ter me formalizado. Penso adiante... A profissão de ator é única e lhe permite trabalhar em qualquer idade, pois sempre haverá uma vovó pra ser interpretada. Mas chega (sempre chega) um dia em que não se tem mais condições para trabalhar. A disposição, a memória, a voz... Você já não é o mesmo! E então? É chegado o momento da aposentadoria. Me formalizar e recolher esse valor ínfimo, me garantirá uma aposentadoria na velhice. Não, não será muito grande, talvez mal dê pros remédios, mas é alguma coisa, é um alívio, é uma garantia, é merecido, é uma maneira de nos recompensarmos após anos de vida levando informação e diversão, anos vivendo teatro!

E no meu caso, que alimento o sonho de ser mãe, é um auxílio durante os meses que a barriga e os primeiros momentos com um bebê me impedirem de subir num palco. 

Resumindo, essa postagem é uma comemoração com um conselho embutido! Meus quase 30 anos me dizem que essa foi uma das melhores coisas que já fiz por mim mesma. E se pudesse aconselhar colegas de profissão, diria que também o fizessem por si próprios. Formalizem-se! Recolham seus impostos, façam o que puderem, paguem INSS e o seu eu do futuro, em tempo, irá lhe agradecer!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ator Empresa

Como disse na postagem anterior, estou mexendo os pauzinhos para enfim me regularizar, correndo atrás de buRRocracias que eles pensam separar o joio do trigo. Embora todos saibamos que não é bem assim que funciona, pois há tantos registros de profissionais sem profissionalismo quanto bons e verdadeiros profissionais sem registro espalhados por aí. 

Graças à alguns poucos apoios sérios à arte, hoje em dia se faz necessário aos artistas não somente o nosso velho conhecido DRT, mas também um CNPJ. Um ator deve se tornar um pequeno empresário de si mesmo, seu nome artístico se torna também um nome fantasia de sua micro empresa individual.


Pois bem, estava eu dando uma olhada na lista de ocupações permitidas para MEI e não foi difícil perceber como são poucas as funções na área de arte e cultura que estavam elencadas. Inclusive, a falta da ocupação "ator" fica muito evidente! Foi então que na dúvida enviei um e-mail ao Portal de Empreendedor e sem surpresa recebi uma resposta automática que não responde de fato. Mas ao conversar com colegas de profissão consegui confirmar minha desconfiança...

Um ator que deseja formalizar-se deve se cadastrar como "Humorista/ Contador de Histórias" (e dentro disso está incluso tudo o que se refere à produção teatral). Mas caramba, há a função de Humorista e não a de Ator? Pois é! O SEBRAE diz que "ator não pode porque é sindicalizado", mas epa! Espera um pouco! Existe sim o SATED, mas um ator não precisa necessariamente se vincular à ele! 
Aí vem a regra do MEI que diz em seu Portal do Empreendedor: “O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário”; e ainda “que NÃO é permitido é que o vínculo empregatício (emprego com carteira assinada) seja substituído pela condição de EI”. Aaaaah, ok ok! Mas atenção, a grande maioria dos atores são considerados autônomos, freelancers e NÃO TEM CARTEIRA ASSINADA! 

Bom, entre tantas definições, informações e opiniões dúbias só o que eu realmente questiono é porque um ator deve emitir nota como Humorista se a categoria descrita inclui "produção teatral" como um todo? Não seria mais justa então criar a categoria "Produção teatral" propriamente dita? Afinal de contas, há a função Maquiador na lista, por exemplo, e a incidência dos profissionais da área que são registrados em carteira é muito maior do que os atores.

Mas é o que temos pra hoje, caros colegas! Talvez um dia se toquem, talvez não! Por hora, queria apenas tentar explicar o que o site não me explicou ao responder meu e-mail e deixar claro para os atores que procuram se formalizar que ao cadastrar como Micro Empreendedor Individual, devem selecionar a função "Humorista/ Contador de Histórias" como ocupação principal e emitir notas assim para seu trabalho de ator interpretando Tennessee Williams ou Shakespeare.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Preparados? Largar!

E comeeeeeeeeeeeeeçaaaaaaaaaaaaaaaa a corrida da burocracia!!!!!!!

Não curto "papelada", mas é fato que elas podem abrir portas e novas oportunidades. Sendo assim, essa semana estou começando a correr atrás da minha regularização profissional.

Hora de lidar com siglas... DRT, MTE, SATED, MEI, CNAE,... PQP! Haja! Mas vamos lá, coragem!

Mas não é só a corrida do burocracia que tá começando pra mim não. Tô começando a correria pra tudo, a corrida do ano novo, a pressa pra fazer 2015 ser "O" ano!

Estou tirando as metas do papel, estou dando início aos projetos, tô fazendo acontecer! Espero ter novidades em breve, boas notícias pra postar por aqui!

Me desejem boa sorte! Ou melhor, me digam MERDA!

sábado, 8 de junho de 2013

O tal do DRT

Primeiramente é preciso explicar o que é esse tal de DRT que todo mundo fala: DRT é a sigla de Delegacia Regional do Trabalho. Ou seja, “ter” um DRT significa ser registrado profissionalmente, ter sua profissão regulamentada na carteira de trabalho. Estabelecendo um comparativo para melhor compreensão: o DRT é como o CNA (Cadastro Nacional dos Advogados), por exemplo. Resumindo: um ator que “tem” DRT, teoricamente, é um ator profissional, que está preparado para atuar. TEORICAMENTE!

Dito isso, vamos agora entender o sentido das palavras “amador” e “profissional”... A principal definição de amador é: “aquele que ama”. E a principal definição de profissional é: “Aquele que exerce uma ocupação como meio de vida ou para ganhar dinheiro”. Se seguirmos essa lógica, eu posso me considerar uma “atriz amadora profissional”! Afinal de contas, sou atriz, amo o que faço e ganho dinheiro com isso. Não “tenho” DRT de atriz, mas isso nunca me impediu de exercer a função e de forma alguma isso me desqualifica como profissional da área.

Porque eu disse lá em cima que o DRT significa teoricamente que um ator tem preparo e qualificação para exercer a função? Simples! DRT é apenas um número de registro profissional que, não necessariamente, qualifica alguém. Algumas pessoas podem fazer inúmeros cursos e ter o bendito do DRT e não ser “tão bom assim”. O que impede um ator sem o tal registro de ser tão bom, ou quem sabe melhor, que um ator que tem esses números na carteira profissional?

DRT é só um número, assim como o RG, o CPF, o Titulo de Eleitor e etc... E nós somos mais que isso, somos muito mais que apenas números!

Acho errado dizer que uma produção com falhas é uma produção amadora... Uma produção falha ou sem técnica é só uma produção com erros primários ou sem qualidade. Tem ator por aí com 35, 40 anos de carreira que até hoje não aprendeu a fazer teatro, pois continuam cometendo os mesmos erros de sempre, fazendo as mesmas coisas sem qualidade e da mesma forma sempre. (Lembrando uma postagem minha anterior: erre bastante, mas erre pra aprender a fazer certo, pra não cometer mais os mesmos erros e abrir espaço para novos erros, crescendo cada vez mais!)

Escrevi tudo isso só pra dar uma opinião: Ser um ator com DRT não o torna melhor que um ator que não tem. Ser um ator com 100 anos de carreira não o torna melhor que um ator com 6 meses. Ter DRT não te garante trabalho. Ser arrogante não te leva a lugar algum, já ser humilde te torna uma pessoa melhor.

Só pra ficar claro, sei que posso ser crucificada por algumas coisas que escrevi aqui, mas é só a minha opinião. E opinião é como gosto, religião, futebol e política: não se discute! Concorde ou não, mas aceite!