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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fazer Teatro ou Ser de Teatro

Sabe quando você gosta muito de alguém e de repente, por um motivo qualquer, se distanciam? Você sente saudade, tem momentos de nostalgia lembrando dos bons momentos vividos e o coração fica tão apertado que chega a doer, não é? Mas e quando uma determinada atividade já faz parte da sua rotina que você fica até perdido quando não a tem mais? Esse sentimento causado pela falta de uma atividade que além de estar acostumado você adora fazer é muito parecido com a saudade que nos maltrata quando estamos longe de alguém querido! Foi o que aconteceu comigo... E o teatro!

Após 7 anos de atividades praticamente diárias no teatro (não só como atriz, mas também como contrarregra, produtora, operadora de som e luz e qualquer outra coisa que precisasse) tive que me afastar deste ambiente que outrora me fazia tão bem, mas que em 2008 me colocava pra baixo. Foi uma questão de convivência, de relacionamento interpessoal, de influências. A velha história de que não é possível agradar a todos! E aí a melhor coisa que se pode fazer é se afastar. Foi o que eu fiz!

Ah, como eu senti falta! O teatro era (e atualmente voltou a ser) tão parte do meu dia a dia, sempre fez parte de mim, do meu ser, e quando tive que me afastar doeu demais! Não vou mentir, fiquei alguns dias trancada em casa, chorando vendo fotos e vídeos. Fiquei mal mesmo! E, na ocasião, não tinha como procurar entrar em outro grupo até por respeito ao meu então diretor que nada tinha a ver com a história.
 
Enfim... Fiquei 2 anos assim... Longe dos tablados, sem ter o prazer de ensaiar, sem sentir o calor dos refletores, sem ver as cortinas se abrirem ou fecharem. E essa falta toda doeu de verdade! Era disso que a Fernanda Montenegro falava naquele vídeo que coloquei junto com uma de minhas postagens anterior... "se morrer porque não está fazendo isso (teatro), se adoecer, se ficar em tal desassossego que não tem nem como dormir, aí volte, mas se não passar por esse distanciamento e pela necessidade dessas tábuas aqui, não é do ramo". Eu já não tinha dúvidas, mas a partir daquele momento tive a certeza de que “sou de teatro”! É aí que mora a diferença entre fazer teatro e ser de teatro.
 
Voltei ao teatro em 2010, mas isso é assunto pra próxima postagem! =D

sábado, 6 de julho de 2013

O Ministério da Saúde adverte!

Há quem diga que o teatro é uma droga daqueles que te tornam dependente e que provocam inúmeras reações. E é tão poderoso que basta experimentar uma única vez para viciar e não querer largar nunca mais.

Algumas outras pessoas dizem que o teatro é uma doença. Daquelas que se pega no ar, basta entrar num teatro e pisar num palco e pronto: INFECTADO! E algumas vezes, a “doença” do teatro pode ser genética. Uma vez infectado, o teatro fica gravado no DNA e pode ser transmitido por gerações e gerações seguidas.

Eu acho que o teatro tá mais pra um fungo, uma larvinha ou um parasita, tipo um bicho geográfico, sabe? Ele penetra na pele e vai tomando conta do corpo todo... Até que chega ao coração. E aí já era! Você será um eterno apaixonado por teatro! Bichinho danado esse, não?

Seja como for, uma vez contaminado, infectado, conquistado, arrebatado verdadeiramente pela magia do teatro, não há como abandoná-lo! As exceções que conseguem se desprender desse vício, é porque são naturalmente imunes aos encantos desta arte.

Como disse Fernanda Montenegro quando questionada sobre qual conselho daria à um ator em início de carreira: “Desista!... Confundem teatro com liberdades, licenciosidades, glórias, paetês, retrato no jornal, riquezas."... Porém,... "se morrer porque não está fazendo isso, se adoecer, se ficar em tal desassossego que não tem nem como dormir, aí volte, mas se não passar por esse distanciamento e pela necessidade dessas tábuas aqui, não é do ramo".


E o Ministério da Saúde adverte: não há vacina, tratamento e nem muito menos cura para a doença (amor, dependência, vício) pelo teatro! Ainda bem!